FATO: A aviação agrícola é uma forte aliada no combate aos incêndios florestais
Falando em operações conjuntas, desde os anos 1960 a aviação agrícola tem entre suas prerrogativas legais o combate a incêndios em vegetações. Missão em que atua desde os anos 1990 no apoio a órgãos federais e estaduais na proteção das principais reservas naturais do País.
Em 2021, o setor aeroagrícola lançou quase 20 milhões de litros de água contra chamas em operações contra incêndios em todo o País. O que envolveu uma força de mais de 30 aeronaves atuando em áreas do Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado Nordestino e até no Pampa gaúcho, entre outras áreas naturais, além de lavouras, principalmente no Centro-Oeste e Sudeste do País.
Com tantas situações dramáticas onde a ferramenta foi essencial para barrar o avanço do fogo sobre áreas com animais encurralados, ou para lhe garantir um corredor seguro para fora de zonas críticas, além de ter protegido residências e pontos fora do alcance imediato dos brigadistas em terra, em 2022 foi publicada a Lei Federal 14.406/22, que coloca a aviação agrícola nas políticas governamentais contra incêndios.
O dispositivo é resultado do projeto de Lei 4.269, de 2020 (outro ano que teve grande atuação dos aviões agrícolas contra focos de incêndio no Brasil), do então senador Carlos Fávaro (PSD/MT), que hoje é o titular do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A mostra mais recente das queimadas é o que está ocorrendo neste 2023 no Canadá, onde centenas de focos de incêndios são detectados por semanas e dezenas de milhares de pessoas já foram evacuadas de suas casas. Sem falar no desastre que ocorreu no Havaí, onde mais de cem pessoas morreram em incêndios florestais na ilha de Maui. Dezenas de residências totalmente destruídas e boa parte das vítimas só podendo ser identificadas por testes de DNA. Ambas as tragédias mostram exatamente porque a aviação agrícola é tão importante para a vida.